Hoje, parei um instante,
Quis me dar uma chance para desabafar.
Porque tudo é tão inconstante
E de uma hora para outra tudo pode mudar?
Hoje, segurei-me um segundo,
Não quis mergulhar mais fundo neste mar de ilusão.
Por que, se tão belo é o mundo,
Não concorda comigo, não me dá a razão?
Bem sei que até hoje nada sou.
Também sei que de tudo, mais peço do que dou.
Porém, se alguém me quer bem,
Apenas creia em meus sonhos, não são coisas do além.
Se por fim, como neste prelúdio,
O verbo ou o gerúndio não tiver ocorrido,
Quem sou eu afinal? Como o lírio do campo,
Dilacerado pelas daninhas? Antes tivesse eu nunca nascido.
Ainda me resta o amanhã, e quem sabe o que há de ser?
Somente desejo copiosamente aprender a viver.
Assimilarei as regras do jogo, construirei meu próprio palco.
Farei do medo, um salto.
Das chances, a cena.
E finalmente, sei que tudo valerá a pena.
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