Uma parte de mim
é todo mundo
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir uma parte
na outra parte
— que é uma questão
de vida ou morte —
será arte?
2 comentários:
maravilha de poema...me identifico demais com ele...amei tê-lo lido aqui meu querido...
saudade de vc
bj
ah crianças, que saudade !
por favor me fala que a tortura faculdade irá acabar rs
pois não aguento mais esses julgamentos malditos,rs!
ameii o poema, tão me meu rs
beijus !
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