sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

O Último Magical Moment - Por D. Donson






































Estranho. É assim que me sinto ao voltar para casa. O último dia foi extremamente difícil... me despedir dos meus roomates não foi uma tarefa nem um pouco fácil, sobretudo porque eles foram minha família por quase très meses. Talvez eu volte a vê-los, talvez não. Fui rapidamente para Nova York afim de conhecer pelo menos um pouco a cidade com o que me restava de dinheiro e tempo. Foi uma experiência extasiante sair do metrô e dar de cara com Manhatan... uma explosão de euforia me tomou.

Eu sempre quis estar lá... fui caminhando da 5 avenida até a Times Square. Não há nada que pague este dia e prometi a mim mesmo voltar a cidade com mais tempo e dinheiro... Estou em casa e uma inquietação toma conta de mim. Eu sempre quis fugir da rotina, do cotidiano, da vida monótona e cá estou eu novamente, sem direção, sem grandes novidades. Me sinto um alien dentro da minha própria casa.

Sinto uma nostalgia sobre tudo que vivi, embora eu saiba que preciso de novos sonhos e planos para fazer a grande roda da vida girar. Estou sem foco, ainda sem direção... mas nada que venha a pertubar a minha lucidez, pois eu sei que preciso continuar caminhando. Para onde caminho pouco importa, o fundamental é continuar a caminhar.

Sinto saudades de todos os amigos estrangeiros que fiz como a Meaven Tracey e a Vanessa Torres, ou o Mahemet Akon ou a Brittany Kuon... cries. Cometi na minha vida muitos erros na minha ânsia de acertar. Quero melhorar as coisas, sabe. Quero encontrar meu centro, pois mesmo longe eu ainda não achei o que estava procurando. Não sei onde nem quando me perdi, as vezes tenho medo de me achar tarde demais.

Eu queria que este último post da viagem fosse mais alegre, no entanto, as vezes sou tão denso que nem mesmo eu volto a ler o que escrevo. Pode ser que escrever esteja se tornando auto-ajuda para mim, já que não frequento psicólogo. Pode ser que escrever sobre mim seja uma forma íntima e desfarçada de eu me curar ou descobrir novos caminhos, já que não suporto os caminhos já abertos.

Pode ser que muitas vezes eu me recuse ou não queira conversar sobre certos assuntos, pois eu também tenho o direito de manter o silêncio. Amanha acho que irei me apresentar na revista e retomar meu estágio, embora a contra-gosto. Se eu pudesse ficaria só com as novidades da vida e jogaria a rotina no lixo. Eu juro que é o cotidiano que me mata. Mas não posso reclamar, mesmo tendo medo do futuro, do mundo, dos dias que passam, da roda furiosa da vida.

Tenho feito o melhor com o que tenho em mão... tentando fazer valer a pena. Sinceramente, não sei o que pretendo com este post, nada acredito. Mas deixo de lado meu devaneio e agradeço a tudo e todos por terem paciència comigo, por me aceitarem mesmo eu sendo tão esquisito ás vezes, por me deixarem fazer parte de alguma coisa. Obrigado à Índia, obrigado desespero, obrigado medo, obrigado solidão, obrigado fragilidade, obrigado, obrigado silêncio. Estou só no começo da grande coisa.

O melhor está por vir.

O melhor está nessas estrelinhas.

O melhor é sempre implícito.