segunda-feira, 8 de junho de 2009

A Jornada É O Caminho


“Life´s like a box of chocolates; you never know what going to get” – Forrest Gump.


Esta frase clássica que jamais esqueci do livro de Winston Groom é a mais apropriada para descrever este momento. É incrível esta capacidade que os seres humanos possuem de rapidamente criar novos sonhos que motivem suas vidas. Comigo é assim. Costumo dizer que meu caminho é caminho e não destino propriamente.

Foi assim que, em um momento normalíssimo do cotidiano, fazendo pesquisas rotineiras por work and travel, me cadastrei no site do STB. Eu realmente achei os preços elevados demais e continuei minha pesquisa. Até que de repente, não mais que de repente, eu abro minha caixa de e-mail e vejo o convite para trabalhar na Disney.

Eu nunca desejei obstinadamente conhecer a Disney. Sempre achei um templo do consumo. Assim como, a princípio, eu posso parecer muito mais idiota do que realmente sou, eu encarava a Disney como um destino turístico igual a qualquer outro. Não sabia, porém, do caráter até mesmo altruísta da Diney. Não sabia que era possível se vender sonhos.

Ora, compram-se tantas coisas... que mal há em comprar sonhos? Humildemente comecei a me despojar dos preconceitos sobre a Disney. É que estou numa profissão muito ludibriadora, além de mal paga. Quase todos se tornam um pouco pretensos a intelectuais depois de estudar um pouco a escola de Frankfurt e a Teoria da Comunicação (heushuehuse).

Alegria, às vezes, é coisa séria. Comecei a conhecer a fundo o valor desmesurado que a Disney dá aos seus Guests, a forma como ela planta sonhos e o modo como administra esse imaginário – sobretudo nas crianças – há tantos anos. Posso dizer que sou um Disney Freak recém nascido. E que, mesmo que não seja desta vez – o que, acredite, estou muito certo que será – eu tratarei de visitar a Disney de alguma forma.

E isso tem permeado meus pensamentos...hahahaha. No estágio, na academia, na faculdade, na hora de dormir... pasme. Mas sempre faço um pouco de meditação porque a gente pode escolher no que pensar. Fiz a entrevista com o STB no último dia 27. Fui o primeiro a ser entrevistado. Eu e a Bárbara Mecca. Ela é um freak autêntica, sabia tudo de Disney. Uma menina super bacana, bem-humorada e usava um casaco vermelho que lembrava as meninas canadenses (heushues).

Foi uma aventura. Eu escrevi no papel todos os metrôs que eu deveria tomar. A última vez que fiz isso foi para comprar os ingressos do show da Alanis no Brasil. E tinha dado certo. Não poderia haver intempéries. Eu iria perder o primeiro ônibus para São Paulo não fosse a grata carona do mr. Antônio que me viu andando sozinho pela madruga e, por coincidência – ou não –, iria passar em frente à rodoviária. OoOh gente de coração! rsrs

Para mim tudo soou como sinal. Tudo deu certo até aqui e não sou uma pessoa de sorte. Acredito que quanto mais trabalho, mais sorte tenho...hehehe (nunca ganhei uma rifa). Mas enfim, os metrôs estavam lotados, era horário de trampo daquelas pessoas que pareciam apressadas. Outras liam livros, outras me olhavam como forasteiro, mas eu não tinha sotaque – só uma folha sulfite na mão e algumas dúvidas sobre onde descer.

Desta forma, assim, muito no improviso e na sorte, cheguei até a palestra. Muita gente bonita e bem vestida, gente até de social. Pensei que deveria ter ido de social. E aquela minha timidez ousada, aquela timidez que diz “se você vier falar comigo, eu falarei bastante contigo. Se não vier eu também não vou” tomou um pouco conta de mim. Mas foi muito passageira porque logo conheci Bárbara e pessoas de outros estados como o Sadia e foi fácil superar isso.

Vencido essa barreira, vieram as dúvidas quanto à entrevista, quanto ao meu inglês que é um pouco charlatanismo e talento de minha parte, pois nunca passei grandes períodos em escolas de idiomas. Apenas sempre gostei de estudar línguas. Mas eu disse: “Não posso repetir o resultado dos Youth Ambassators quando eu tinha 15 anos. Preciso provar que sou plenamente capaz, afinal, ninguém ali nasceu com dois cérebros”.

E desta forma me enchi de autoconfiança. Acredite, muitas vezes, a gente só tem a cara, nada mais. A gente não tem carro, não tem poupança, não tem nada para provar que somos bons: só a cara. E a cara é tudo que eu sempre tive, né? Por isso, nem fiquei inseguro, fui com muita coragem e cara. Acho que o resultado foi bom. Eu consegui transmitir o que eu pretendia, eu dei o meu melhor de forma transparente.

Mas foi tudo no escuro, vamos ver os resultados! Mas como eu disse, tem uma voz que canta bailando no ar, que traz certo frisson de realização. Esta voz diz que já era tempo de, com ou sem ironia, acertar o alvo e alcançar o sonho. Por que às vezes a gente está nu e o sonho é tudo o que nos reveste. E a realidade eu atinjo através dos sonhos. É assim que os sonhadores fazem, é assim que nós fazemos!

As dreamers do, we´re wishing upon the stars, we´ll get there, doesn´t matter what happen!

“Ain´t no mountain high enough
Ain´t no valley low enough
Ain´t no river wide enough
To keep me from Disney and make it come true, baby”.




Have a magical days!! All the very best!! Never stop to walk!!